O endometrioma é a uma das manifestações ovarianas da endometriose. Trata-se de um cisto preenchido por um líquido de aparência achocolatada geralmente encontrado associado a aderências com o peritônio localizado na parede posterior do útero.
Normalmente unilateral, pode se apresentar em ambos os ovários, agravando suas repercussões.
Ainda não existe consenso a respeito do surgimento dos endometriomas. No entanto, sugere-se que os ovários aderem a focos de endometriose peritoneal, e esses, a partir de sua descamação mensal cíclica, provocam o rechaçamento do parênquima ovariano, levando à formação de um pseudocisto, assim considerado pelo fato de uma de suas paredes ser uma estrutura extraovariana (peritônio posterior do útero).
Sintomas:
-Dores durante as relações sexuais (dispareunia).
-Dor intensa durante ovulação ou menstruação.
-Dor pélvica do lado em que se encontram os cistos.
Tratamento:
A boa notícia é que endometrioma tem cura. O tratamento varia de acordo com os sintomas, do tamanho do cisto e da análise de fertilidade da paciente.
Os endometriomas com menos de 3 centímetros e que são assintomáticos, ou seja, que não apresentam sintomas, podem não precisar de tratamento. Na maioria das vezes basta o acompanhamento médico periódico para monitorar o desenvolvimento do quadro.
Nos casos em que os cistos possuem mais de 3 centímetros, os tratamentos podem ser feitos com medicamentos ou intervenções cirúrgicas.
A aplicação do hormônio GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina) é o tratamento medicamentoso mais comum. Tem o potencial de reduzir pela metade o tamanho do cisto, porém não o elimina por completo.
Nos casos mais extremos, entretanto, pode ser sugerida a remoção cirúrgica das lesões. Tais métodos buscam o alívio ou eliminação das dores pélvicas e das cólicas menstruais, além da possibilidade de reverter quadros de infertilidade causados pelo endometrioma.
Qual a relação com o câncer?
O endometrioma não é, a princípio, um tipo de câncer. No entanto, em raros casos ele pode evoluir e apresentar malignidade. Geralmente, essa associação é mais frequente em pacientes mais velhas e em cistos de maior tamanho.
Essas informações devem ser consideradas para decisão da melhor modalidade e momento do tratamento.
É importante que a mulher faça um acompanhamento periódico com o seu médico caso receba diagnóstico de endometrioma.