A Síndrome do Ovário Policístico, também conhecida pela sigla SOP, é um distúrbio endócrino que provoca alteração dos níveis hormonais, levando à formação de cistos nos ovários que fazem com que eles aumentem de tamanho.
É uma doença caracterizada pela menstruação irregular, alta produção do hormônio masculino (testosterona) e presença de micro cistos nos ovários. Atinge cerca de 7% das mulheres na idade reprodutiva.
Quais são os sintomas da síndrome do ovário policístico?
- Alterações no ciclo menstrual: algumas mulheres acabam menstruando poucas vezes. Outras, apresentam um fluxo mais intenso.
- Aumento dos pelos no rosto: além do rosto, os pelos podem surgir no abdômen e nos seios.
- Cistos no ovário: há mulheres que apresentam cistos no ovário, mas não têm SOP. O que diferencia um quadro do outro é que os cistos são menores de tamanho e quantidade, não apresentam disfunções hormonais e nem menstruais.
- Ganho de peso: a produção deficiente de determinados hormônios pode ocasionar o aumento de peso.
- Pele oleosa e aparecimento de acne: a maior produção das glândulas sebáceas pode ocasionar problemas como a acne.
- Queda de cabelo: alguns casos relatam este problema, mas não é um dos sintomas mais comuns de quem tem SOP.
- Instabilidades emocionais: a alteração hormonal pode impactar nas questões emocionais, e até mesmo, depressão.
- Infertilidade: algumas mulheres que apresentam dificuldade para engravidar podem ter SOP. Ainda, em alguns casos, é recomendado tratar a síndrome antes de tentar engravidar.
Como é feito o diagnóstico da Síndrome dos Ovários Policísticos?
Para realizar o diagnóstico de Síndrome dos Ovários Policísticos, são necessários 3 exames principais:
- Clínico: O ginecologista avalia os sintomas da paciente, assim como o histórico familiar e menstrual;
- Testes laboratoriais: Através de exames de sangue, são conferidos os níveis de hormônios e açúcar no sangue. Entre os hormônios que são checados, destacam-se testosterona, TSH (tireóide), estrogênio e prolactina;
- Ultrassom pélvico: Realizado entre o terceiro e quinto dia do ciclo menstrual, avalia a existência de folículos na superfície dos ovários, bem como de outros tipos de alterações. Caso a paciente tome pílula anticoncepcional, esse indício não é aplicado, pois é algo comum de ocorrer.
Realizando o diagnóstico precoce, é possível iniciar o tratamento mais adequado e, com isso, restabelecer os ciclos menstruais ovulatórios, possibilitando uma gestação natural.
Além disso, é preciso realizar exames para excluir outras causas de hiperandrogenismo. O mais comum é o de sangue, que, ao invés de focar nas taxas de hormônios, testa desde a glicemia até o colesterol.
É preciso, ainda, analisar a resistência à insulina. Este tipo de teste permite não apenas diagnosticar a doença, mas prever possíveis complicações futuras.
Por isso, é importante realizar exames preventivos ou então procurar ajuda médica quando algo está anormal, principalmente no ciclo menstrual.
Como tratar a Síndrome dos Ovários Policísticos?
No caso de mulheres obesas, a perda de peso ajuda a reverter o quadro. Se a obesidade não for um fator de risco para a SOP, é possível que o médico indique um tratamento para o controle da produção de hormônios masculinos. Alguns dos medicamentos recomendados para esse fim podem também ajudar na regulação da menstruação, na redução da produção de sebo pelas glândulas sebáceas e na diminuição do crescimento de pelos.
O uso de contraceptivos hormonais orais também pode ajudar na regulação dos ciclos menstruais, minimizando também os riscos de câncer do endométrio.
Como na SOP há tendência ao ganho de peso, o tratamento pode incluir medicamentos para prevenir o diabetes e outros para evitar o colesterol elevado. Os casos de infertilidade também respondem bem ao tratamento com medicamentos.