Consultas e Exames em um só lugar.

Horário de atendimento : Segunda a sexta: 8h - 18h : Sábado: 8h - 12h
  Contato : (99) 3524-8807 / (99) 3523-6858

Porque o intestino é considerado o segundo cérebro?

O intestino tem mais neurônios que a espinha dorsal e age independentemente do sistema nervoso central e, por isso, merece mesmo ser chamado de segundo cérebro pela comunidade científica. O órgão pode funcionar sozinho e, com muita autonomia, tomar suas próprias decisões, sem que o cérebro lhe diga: “Faça isso, não faça aquilo!”. Quem o “governa” é o sistema nervoso entérico (SNE), uma espécie de “filial” do sistema nervoso autônomo do corpo que tem uma vasta rede composta por 100 milhões de neurônios e neurotransmissores. Não é incrível?

O “segundo cérebro” abriga 70% das células do sistema imunológico. Isso, por si só, já torna o intestino a chave para combater doenças e explica porque ficamos vulneráveis a problemas comuns, como uma gripe, quando ele está desajustado.


Os neurônios intestinais também chamam a atenção pela incrível capacidade de produzir pelo menos 90% da serotonina (molécula do bem-estar) que é descarregada em nosso corpo. Por essa razão, os pesquisadores começaram a relacionar certos transtornos mentais, como depressão, a um problema intimamente relacionado ao intestino.

E a flora intestinal?

E como estamos falando do “segundo cérebro”, não podemos deixar de mencionarmos os cuidados da flora intestinal, pois a microbiota entérica é composta por microrganismo.

São mais de 500 espécies de bactérias formando um ecossistema rico, em termos qualitativos e quantitativos. Dois fatores influenciam a variedade das bactérias no nosso tubo digestivo: o peristaltismo e a acidez gástrica fazendo com que a distribuição da microbiota não seja homogênea. Assim, cada indivíduo possui uma microbiota específica, apesar das singularidades em comum.

Essa microbiota vive em simbiose com o sistema digestivo: recebe abrigo e nutrientes e, em troca, ajuda na digestão de alguns alimentos e na regulação do organismo. As bactérias produzem substâncias, participam ativamente da comunicação entre cérebro e intestino e ainda interferem na nossa saúde, nos deixando predispostos a doenças e até influência nos comportamentos, emoções e sentimentos.

Estudos recentes evidenciam que a comunidade simbiótica intestinal exerce um impacto concreto na relação cérebro-intestino, uma vez que os microrganismos comensais influenciam o SNE e o SNC, interferindo na saúde do indivíduo. Um desequilíbrio nesta relação pode trazer disfunção tanto ao nível gastrointestinal (GI) como do SNC, refletindo em doenças inflamatórias intestinais, perturbações funcionais gastrointestinais, no comportamento alimentar (anorexia, obesidade), perturbações do espectro do autismo e perturbações do humor, ansiedade e depressão.

Outros estudos revelam que perturbações psiquiátricas também estão relacionadas a doenças gastrointestinais e evidenciam a importância da harmonia entre os dois cérebros. Como o intestino é responsável pela liberação de mais de 30 mensageiros químicos, que transmitem informação de um lado para o outro e na comunicação do corpo com o cérebro, é primordial mantê-lo funcionando adequadamente.

O que comer para regular o segundo cérebro?

A função principal do intestino é o controle do processo digestão e excreção, porém também controla os anticorpos decidindo, por exemplo, quais bactérias podem “morar” dentro da gente.

O primeiro passo para mantermos uma flora intestinal equilibrada é adotarmos hábitos saudáveis, a começar por uma alimentação natural.

Alguns alimentos contribuem fortemente por serem ricos em nutrientes e propriedades que ajudam a deixar o estado digestivo íntegro.

Fibras: alimentos como feijão, soja, vegetais de folhas escuras, frutas, cereais integrais e aveia ajudam a garantir a cota necessária de fibras.

Vegetais e legumes: dietas vegetarianas, por seu alto teor de fibras, são extremamente benéficas para o equilíbrio e a saúde da flora intestinal.

Cereais integrais: são ricos em fibras e contêm alguns carboidratos que são absorvidos apenas quando chegam ao intestino grosso. Alguns exemplos são arroz integral, aveia, chia, linhaça e granola.

Probióticos: esses nutrientes estimulam a multiplicação das bactérias e melhoram a absorção de nutrientes em geral. Utilizados em casos de constipação, diarreia e deficiência da microbiota.

Polifenóis: alimentos como chocolate amargo, uvas, amêndoas, cebola e brócolis.

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *

WhatsApp chat