Pelo menos 13 tipos de HPV são considerados oncogênicos, apresentando maior risco ou probabilidade de provocar infecções persistentes e estar associados a lesões precursoras. Dentre os HPV de alto risco oncogênico, os tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero. Uma das razões da alta incidência de morte entre mulheres com câncer de colo do útero (atualmente a terceira causa) é a ausência do rastreamento precoce. Seja pela falta de informação ou de uma rotina periódica de exames, o fato é que as mulheres demoram para serem diagnosticadas, o que diminui a chance de sucesso no tratamento: atualmente, pelo menos dois terços das mortes em decorrência desse tipo de câncer ocorreram em mulheres que não tinham sido rastreadas.
É importante que as mulheres consultem periodicamente o médico, que deverá solicitar todos os exames necessários. O ginecologista coletará, ainda, informações sobre o histórico clínico da paciente (incluindo familiar) e realizará um exame físico completo, para verificar a presença de quaisquer sintomas anormais. Caso a paciente apresente Papanicolaou anormal, sintomas ou riscos de ocorrência de câncer de colo do útero, uma série de exames complementares deverão ser solicitados.
Exames para diagnosticar câncer de colo de útero
Papanicolaou: no principal exame preventivo, é coletada amostra de secreção vaginal. O objetivo é verificar a presença de lesões ou de células escamosas atípicas e condições da parede do colo do útero que possam sugerir a presença de infecção por HPV.
Ultrassom transvaginal: trata-se de um dos principais mecanismos para verificar a presença de doenças ginecológicas graves. É um exame de imagem, pelo qual é possível investigar a presença de alterações que sugerem a presença de câncer de colo de útero.
Colposcopia: O médico visualiza as condições do útero por meio do colposcópio, aparelho que funciona como uma espécie de lente de aumento.
Histeroscopia com biópsia: será solicitado quando a colposcopia apresentar fortes indícios da presença de neoplasia. Uma câmera procura por todo o órgão áreas afetadas e que possam ter lesões ou cânceres. Pode ser feita uma biópsia do colo do útero.
Curetagem uterina: por meio de uma pequena cirurgia (com anestesia geral), é feita uma raspagem da parte mais interna do útero – o endométrio, para a coleta de material que será analisado e comprovar ou não o diagnóstico.
Fonte: INCA